Devaneios noturnos [3]

Certos sentimentos deveriam ser proibidos. Tantas incertezas, tantas frustrações. Deveria existir um interruptor onde pudéssemos escolher ligar ou desligar nossos sentimentos, todos eles, sem exceções. Não sentir seria muito melhor, muito mais fácil. A vida não seria tão cheia de decepções. Queria poder fazer isso agora, ou pelo menos, me desligar de quem os trouxe a tona...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013 às 04:49 , 0 Comments

Devaneios noturnos [2]

                "Seu nome já não me lembro, mas sua história, ficou marcada. Com seus poucos anos, vivia para divertir-se. Fumava muito; bebia, mais ainda. Nunca tinha tempo para a família, ou para seus estudos. Sempre metida  em confusões. Seus amigos, faziam o mesmo, bebiam, fumavam, sumiam de casa, nunca davam satisfações, tudo para eles era apenas diversão. Foi vivendo assim, bebendo e fumado, fumando e bebendo, muitas das vezes, por dias seguidos. Aos seus dezessete anos, vivia seu ápice, seu momento de glória. Bebia como ninguém, se divertia constantemente. Não ligava para nada. Sempre nas festas, sempre bebendo, sempre fumando. Nunca sabia aonde iria, muito menos até onde chegaria, mas isso não importava. Só queria curtir, se divertir. Saia de casa sem rumo, com seu maço de cigarros e sua inseparável garrafa de vodka. Não se importava com nada, era feliz; ou pelo menos era o que achava. Vivia assim.
                Já com seus dezenove anos, sentia-se intocável, nada poderia lhe afetar. Continuava a beber, mas a muito havia parado de fumar. Os dias de bebedeira tornaram-se mais intensos. Perdeu amizades, perdeu momentos, mas o álcool, esse esteve sempre presente. Bebia tanto, que aquilo mais lhe parecia água do que álcool. Desmaiou uma vez, achou que não era nada. Desmaiou a segunda, amedrontou-se com o resultado. Continuou a beber, mas agora, de forma desenfreada. Não conseguia mais parar, precisava acabar com aquilo. Levou sua vida do que considerou seu verdadeiro ápice ao declínio em cerca de meses. Caiu. Desistiu. Destroçou o pouco que restava de si. Hoje, nada mais resta apenas a lembrança de quem havia sido. Teria sido isso seu fim? Ao que parece ter sido morte de um ser ou quem sabe, o declínio de uma era..."

sábado, 12 de janeiro de 2013 às 00:48 , 0 Comments

Devaneios noturnos

A noite segue fria e vazia. De sua cama admira a janela aberta; pergunta-se onde deveria estar, onde gostaria de estar, mas como sempre, nunca acha uma resposta. Fica assim por minutos, talvez por horas. Sua mente vaga por longos caminhos; não consegue encontrar-se em nenhum deles. Se desespera. O que foi agora? Para onde seguir? Nada mais faz sentido e tudo que lhe resta é dormir... ou pelo menos tentar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013 às 03:21 , 0 Comments